Rena (Rangifer tarandus)
Descrição: Mamífero ungulado de grande porte, adaptado a ambientes frios. Sua pelagem densa varia entre marrom e branca, oferecendo isolamento térmico. Tanto machos quanto fêmeas possuem chifres, uma característica incomum entre cervídeos.
Tamanho: Mede entre 1,2 e 2,1 metros de comprimento, com altura de 90 a 140 cm e peso variando de 60 a 300 kg, dependendo do sexo e da subespécie.
Adaptações: Possui cascos largos que facilitam a locomoção na neve e em terrenos pantanosos. Sua pelagem espessa e seu nariz especializado aquecem o ar frio antes que ele chegue aos pulmões.
Distribuição Geográfica: Habita regiões árticas e subárticas da América do Norte, Europa e Ásia, incluindo tundras e florestas boreais.
Alimentação: Herbívora, alimenta-se de líquens, musgos, folhas, ervas e cascas de árvores, adaptando-se à escassez de alimento no inverno.
Predadores e Ameaças: Lobos, ursos-pardos e linces caçam renas. A atividade humana, como mudanças climáticas e caça excessiva, ameaça populações selvagens.
Comportamento: Vive em grandes rebanhos migratórios que percorrem centenas de quilômetros entre áreas de alimentação e reprodução. Tem excelente senso de direção e visão ultravioleta, útil para detectar predadores na neve.
Reprodução: O acasalamento ocorre no outono, e após uma gestação de cerca de 230 dias, nasce um único filhote na primavera, já capaz de caminhar poucas horas após o parto.
Tempo de Vida e População: Vive entre 10 e 15 anos na natureza. Algumas populações estão estáveis, enquanto outras sofrem declínios devido a mudanças climáticas e perda de habitat.
Curiosidades e Fatos
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São os únicos cervídeos em que machos e fêmeas possuem chifres, embora os das fêmeas sejam menores.
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Suas narinas aquecem o ar frio antes que ele chegue aos pulmões, ajudando na adaptação ao clima ártico.
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Conseguem ver em luz ultravioleta, o que ajuda a detectar predadores camuflados na neve.
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Algumas populações percorrem até 5.000 km em migração anual, uma das maiores entre mamíferos terrestres.
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São tradicionalmente domesticadas por povos indígenas do Ártico, como os Sami, que as utilizam para transporte e alimentação.
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